segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

tudo por ti...

chegada. tão perto da partida. o frio que "se sentia nos ossos" não foi suficiente pra nos parar. não foi o ar serrano que nos tirou a vontade de procurar, mostrar, viver a paz daquela terra.
chegamos a correr, comemos a correr e fomos a correr para o que nos esperava. a mim, mais uma ida aos treinos do palco. a ti, talvez um caminho novo pra felicidade (gosto de acreditar que sim!)
a seguir, o chá. quente, refugiante e numa companhia calorosa, as amigas. conversas que puxam conversas e que iniciam uma nova etapa. talvez o destino em que acredito seja mesmo assim, imprevisível. e ainda bem. noite de desassossego, manhã agitada e uma ânsia confusa ao medo no olhar dela. um atraso desesperante e duas pernas a tremer. foi o que vi durante uma hora seguida. um sorriso que entra pela porta e as pernas que param de tremer. o tremor passa para o coração (é bom!)
seguimos para o compromisso, com a certeza de que iria continuar a cumplicidade que as ligava. eu, apenas observava. e gostava do que via.
olhares, sorrisos, convites, medos, via-se de tudo. ou quase tudo. hora de um pequeno até já, amargurado e medroso. o regresso estava próximo, e eu vigilante.
sobe o pano. ela agitada pela entrada do seu brilho. orgulhosa do que queria ver. cai o pano. palmas. obrigada!
estamos de parabéns! agora vamos festejar. hora da cervejinha. bar fechado - next.
chegamos. uma mini. super bock é melhor que sagres. conversas, anedotas, adivinhas, lembranças, fumo, risadas profundas. risadas de felicidade genuína, risadas de paz. mas de um dos lados, nervos, medo, vontades, sentimentos. cria-se um novo refúgio, em contacto, quente como o chá, macio como a seda.
boa noite. um beijo. vais dormir bem, com nervos, mas bem. amanhã há mais.
bom dia. ansiedade mais uma vez. pronto, ok. eu não tomo banho. aqui vamos nós. menos do que se esperava. mais uma vez o pressentimento estava certo. mas mesmo assim, estávamos ali. era isso que contava.
desânimo. pressentimento. medo. fuga. não! saber esperar é uma virtude. vamos a isto. a última oportunidade. mais pressentimentos. mais tremor. mais nervos. mais pernas a tremer. o último olhar. depois de tantos despercebidos. e o sentimento de perda. de vazio. de desapego. má notícia. talvez o destino tenha razão. não é um adeus. é até já.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

desafio...

Uma pequena brincadeira, um pequeno desafio :)

Sou: feliz
Eu gosto: da vida
Eu digo muitas vezes: exatamente!
O que me fascina: a amizade verdadeira
Prefiro: o sol que a chuva
Ultimamente: tenho tido muito sono
Tenho sorte em: amizades
Gosto de ouvir: gargalhadas
Gosto de ver: filmes
Estou à espera de: sono


PERGUNTAS ESTRANHAS:
Uma canção que gostes: ordinary love
A língua que gostarias de aprender: inglês, como deve ser
Hoje vais ao cinema? não
Com que mão escreves? direita
Consegues tocar com a língua no cotovelo? nunca tentei
Sentes-te sozinha? não
O que comeste hoje? várias coisas
Sentes falta de alguém? muita
Quantos animais de estimação? dois
Como está a correr o teu dia? assim-assim 


O QUE É, PARA TI...
O dia mais belo? todos
O maior medo? perder os que amo
A pior derrota? a injustiça
O pior sentimento? desprezo
O melhor remédio? escrever


APENAS RESPONDE:
Um número? 4
Um lugar para ir? Veneza
Uma cor? verde
Um desporto? Badminton
Um clube? Benfica
Uma estação do ano? outono
Uma cidade? Lisboa


ALGUMA COISA QUE...
Eu prometi e cumpri: não prometo
Eu prometi e não foi cumprida: se não é pra cumprir, não prometo
Eu tenho na mão: nada
Eu sonho: ser feliz
Eu desprezo: pessoas injustas
Nunca uso: anéis
Eu escrevi: um blog
Eu deveria esquecer: o que me faz mal
Eu ignorei: o telemóvel a tocar


PEQUENAS QUESTÕES:
Nome completo: Filipa Daniela Santos Registo
Palavra de 5 letras: amigo
O teu nome preferido para rapaz: Bernardo
O teu nome preferido para rapariga: Margarida
Algo que uses agora: pijama
Um animal: cão
Título de uma canção: La la la
Um verbo: amar
Conjuga: sério?
Um programa/série de TV: Dr. House
Quero: viver muitos anos
Questiono-me acerca: dos sonhos
Canto: muiiiito mal
Estou apaixonada: não
Acredito no amor: sim
Sei o que é estar apaixonada: sim
Gosto de trovoada: NÃÃÃÃO


ALGUÉM...
Em quem possas confiar sempre: amigos
Com quem adoras falar: amigos
Que te surpreendeu pela positiva: * :)
Que esteja sempre impecável: amigos
Que te irrite mas que tu até gostes: JP  
Que diga o que tem a dizer: Filipa C.
Que mande as melhores bocas: JP
Que tenha a melhor gargalhada:  Daniela
Que nunca queres perder: infelizmente isso não é possível...
Com quem passes muito do teu verão: amigos e família
Que te desiludiu: humm... pois
Com quem adores recordar: Diana
Que goste de ter tudo na linha, senão: mãe
Que adores provocar mas que até gostes muito: mana
Engraçado de quem gostes muito: ...
Que seja como um (a) irmã (o): amigos
Convencido mas que até gostes: JP
Com quem tenhas brincado muito em pequena: Ângela
Que, apesar dos stresses, gostes: Dez-graçados+1
Que tenha um riso contagiante: Daniela


Porque é que não estás com a pessoa que consideras ter sido o teu primeiro amor? circunstancias da vida!
Já beijaste um(a) "jogador de futebol" famoso? não
O teu primeiro amor ainda hoje é importante? sim
Conseguias ser amiga da pessoa que mais te magoou até hoje? não
Tens muitos amigos? não
Andaste de mão dada com alguém nos últimos três dias? não
Pessoa do sexo oposto a quem podes dizer tudo? não se diz tudo a ninguém
Qual é fundo do teu computador? uma foto minha
Alguma vez alguém que gostaste disse que eras um desperdício de tempo? não
Quem amas mesmo muito? família e amigos
Há alguém do sexo oposto que significa muito para ti? sim
Alguma vez adormeceste nos braços de alguém (do sexo oposto)? sim
Com quem te riste mais hoje? Daniela
Alguém já te disse que tens olhos bonitos? sim
Já consumiste bebidas alcoólicas nas últimas 24 horas? sim
Amanhã vais estar de pé antes das 7 da manhã? não
Quem foi a última pessoa com que estiveste num carro? Danielas e Rita
O que estavas a fazer às 8h desta manhã? dormir profundamente
O que vais fazer daqui a três horas? dormir
Preferes liso ou com caracóis? meio termo
Moreno ou loiro? Moreno
Amanhã vai ser um bom dia? O que vais fazer? Vai, vai... Há aulas!

domingo, 8 de setembro de 2013

a fé que os move - Nossa Sra. da Graça

Num concelho com quase 3500 habitantes, contavam-se, ontem, quase 1700 pessoas na procissão de Nossa Sra. da Graça. Aquela a que muitos chamam a padroeira da vila de Manteigas. Entre os que estão cá todo o ano, os que vão e voltam, os que passam um ano ansiosos por esta época para regressareà terra que os viu nascer, vê-se um pouco de tudo. Crianças acompanhadas dos pais, idosos que, mesmo sem poderem quase deslocar-se, não perdem a oportunidade de ir prestar homenagem à Santa que os protege, jovens que pedem por uma vida melhor,...
Até hoje não consegui perceber qual é a força que os move, sei que ela existe, porque também a sinto, só não sei ainda descrevê-la, mas sei que é uma força capaz de fazer chorar, capaz de levar as pessoas a fazer promessas, em troca de uma vida melhor ou da cura para uma doença. De facto, é das coisas mais bonitas que já vi.
Tenho a minha fé, não na Igreja enquanto instituição, porque para mim já mostrou o que vale, mas talvez nessa força que move todas aquelas pessoas que choram, que pedem, que prometem.
A fé que os move é Nossa Sra. da Graça e alguma esperança de que esta seja uma ajuda, para superar as fraquezas do dia a dia. E é nisso que acredito, porque a fé está dentro de cada um, não se ganha nem se perde, constrói-se.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

tristeza

e quando tudo parece bem, os olhos mudam tudo. o mundo desmoronou. mais uma vez. sem espaço pra se reerguer. será desta vez. talvez sim. talvez não. talvez.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

NOVO: Pós-graduação em Ciências Experimentais em Contextos Formais e Informais - Escola Superior de Educação de Castelo Branco

Vimos por este meio informar que se encontra-se a decorrer, até ao próximo dia 6 de setembro de 2013, o período de candidaturas à Pós-graduação em Ciências Experimentais em Contextos Formais e Informais.
Informações relativas aos objetivos, ao plano de estudo e às candidaturas podem ser obtidas em:



Pequena síntese da informação relativa ao Curso:

INTRODUÇÃO
A Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco vai abrir no ano letivo de 2013-2014 uma pós-graduação, inovadora, em Ciências Experimentais em Contextos Formais e Informais, com a duração de 1 ano/2 semestres, 60 créditos.
 
O curso pretende fomentar a formação em ciências experimentais e a promoção de atividades em contextos diversificados, formais – como escolas, jardins de infância – e informais – como museus, espaços livres, feiras de ciências -, e desenvolver competências transversais e multidisciplinares relacionadas com a divulgação, o ensino, a sensibilização às ciências.
As unidades curriculares abarcam uma diversidade de conteúdos, que serão desenvolvidos através de práticas, de intervenção, e sempre com grande proximidade a contextos de aplicação.
Salienta-se que as áreas de formação são consideradas atualmente como muito relevantes na/para a sociedade e conferem saberes e competências que potenciam melhores práticas de intervenção e melhores capacidades de dinamização das ciências em espaços diversos.

Podem frequentar o curso professores, educadores de infância, animadores culturais em diversas áreas de intervenção.
 
PLANO DE ESTUDOS
    1.º SEMESTRE
  • Ciências Experimentais I
  • Contextos Formais e Informais I
  • Comunicar Ciência
  • Seminário Temático I (No âmbito da Ciência-Tecnologia-Sociedade)
    2.º SEMESTRE
  • Ciências Experimentais II
  • Contextos Formais e Informais II
  • Construção de Projetos Interdisciplinares
  • Seminário Temático II (No âmbito da interdisciplinaridade)
 CONDIÇÕES DE ACESSO
Podem candidatar-se ao acesso do ciclo de estudos:
- os titulares do grau de licenciado, ou equivalente, em Educação Básica, Biologia, Geologia, Física, Química e Ciências da Natureza com habilitação profissional para a lecionação em Educação de Infância e em 1.º ou 2.º ciclos do ensino básico. São também admitidos licenciados em áreas profissionais, como animação cultural;
- os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional, que seja reconhecido como atestando capacidade para realização deste ciclo de estudos;
- estudantes que não tenham concluído o ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado, podem candidatar-se condicionalmente, desde que reúnam as condições para obtenção do grau na época especial de exames, conforme Despacho n.º 35/10 do IPCB.

Responsável do curso: margarida.afonso@ipcb.pt

Para mais informações:
Escola Superior de Educação de Castelo Branco
Rua Professor Doutor Faria de Vasconcelos
6000-266 Castelo Branco
Página web: www.ese.ipcb.pt

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

super-heróis da vida real

o som ouve-se a largas dezenas de metros de distância. assusta os leigos e desperta a curiosidade. quando este deixa de se ouvir logo se ouvem sons em movimento, com a pressa de salvar vidas. o trânsito pára pra deixar passar quem vai em aflição. mais tarde ouve-se e vê-se na televisão a fúria das labaredas. percebemos que era para ali que iam aqueles homens e aquelas mulheres fardados, cheios de pressa. pressa de mostrar aquilo de que são capazes e de fazer tudo o que puderem para salvar tudo o que conseguirem. nem que para isso deixem de pensar na sua própria vida.
é preciso uma coragem imensa e um altruísmo enorme para sair de um quartel, preparado para enfrentar sabe-se lá o quê, sem sequer saber se voltará pelo próprio pé. ou, simplesmente, se voltará.
pede-se, por exemplo, a um médico que trate os seus pacientes com os tratamentos adequados, segundo as normas da medicina. também há regras, há formas seguras de trabalhar perante o fogo. mas não acho justo que se exija a um bombeiro que siga a risca todas as regras que aprendeu nas "aulas", num momento em que não sabe se há-de salvar uma floresta, uma casa, uma vida de um popular ou a sua própria vida. sabendo que muitas vezes a última que refiro é aquela com que se preocupam em último lugar, havendo desfechos como o de hoje, em que o altruísmo e a dedicação aos outros, levou uma rapariga de vinte e um anos.
acredito que morreu com a alegria de ter ajudado, mas com a tristeza de não poder fazer mais. aos que ficam, a força não será nunca suficiente. resta-lhes orgulhar-se de uma rapariga que, como tantos outros bombeiros, dão a vida por alguém, ou até só por alguma coisa.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

os pais

não ligamos a mínima ao que nos dizem durante anos, não guardamos os conselhos, as opiniões, a experiência, sempre com a esperança de que é a bater com a cabeça que vamos aprender.
são eles que nos aturam a má disposição e nos põem de castigo, mas são os primeiros a libertar um sorriso orgulhoso ou uma palavra de alegria quando a vida nos corre a jeito.
passamos a vida a resmungar e a dizer "o que é que foi?" cada vez que vêm ter connosco a dar nas orelhas por mais um prato partido ou por uma negativa num teste. aí dizem eles de peito cheio "tu lá sabes o que queres fazer da tua vida", mas no fundo acham sempre que a opinião deles é a melhor e nem nos deixam falar. é o coração que lhes diz que têm de fazer o melhor.
fazem tudo. tudo o que podem para nos ver bem. tão bem ou melhor do que eles próprios. não têm medo de se magoar, mas têm um medo terrível que nos magoemos.
é por tudo isto que nunca é suficiente o amor e o carinho que lhes damos. nunca vão ser suficientes as horas de atenção que lhes vamos dar quando um dia forem velhinhos.
chega o dia em que temos medo de os perder e aí percebemos que não há nada mais no mundo que queiramos fazer do que, em pouco tempo, agradecer a luta e o amor de anos e anos a fio.
não é suficiente esse pouco tempo. nem todo o tempo do mundo. acredito que só pagamos verdadeiramente aos pais tudo o que fizeram por nós, quando formos nós a fazê-lo pelos nossos filhos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

gosto

gosto de flores, da serra, da água fresca da minha terra, de olhar, de ver, de sorrir, de cantar no banho, de me enroscar a dormir no sofá a meio da tarde depois de uma noite mal dormida, dar um passeio na serra no final da tarde e ver o por do sol, que me parece mais bonito aqui do que na praia. são as pequenas coisas da vida que me fazem felizes. é destas pequenas coisas que terei saudades se um dia tiver memória mesmo depois de a perder.
boa noite*

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

nós e os outros

passam-se os anos e depositamos todos os dias a responsabilidade da nossa felicidade nos ombros dos outros. será que percebemos que o que está dentro de nós não é suficiente para sermos realmente felizes? se os outros não existissem, seria impossível distinguir a felicidade da infelicidade, porque não haveria razões, não haveria causas. quando sorrimos é por causa de alguém e é também para alguém. quando choramos sucede exatamente da mesma forma. somos tão ignorantes que preferimos pensar que não precisamos dos outros pra rir, pra chorar. não existimos sem companhia. não existimos sem receber o sorriso em troca daquele que damos, ou das lágrimas.
sofremos muito pelo que não temos e valorizamos pouco o que nos faz realmente falta!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

sempre

éramos duas pequenas flores de um jardim enorme. de um jardim que se contentava com pouco. um jardim que do pouco fazia tudo e que com o pouco era feliz. é isso ser pequeno, inocente.
crescemos um pouco separadas. fomos regadas com a ajuda de outras flores e quando estávamos crescidas o suficiente pra perceber que precisávamos de mais, decidimos afastar as ervas e as outras flores que nos separavam. o jardim ficou mais pequeno. muito mais pequeno. e nós... nós conseguimos recuperar aquilo que deixámos perder quando ainda éramos apenas botõezinhos. chegámos à conclusão de que fazemos falta uma à outra e que a água e o sol que nos alimentam também gostam de nos ver próximas.
podemos ter crescido separadas, com ervas e outras flores pelo meio, mas agradeço-te por estares perto de mim agora que já sei dar valor às flores que estão perto de mim e às flores que precisam de mim pra continuar a crescer. que nunca nos falte alimento. a água e o sol estão do nosso lado. só temos de saber usá-los!
S.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

clichés

deitamos pra trás das costas aquilo que acreditamos ser apenas uma pequena oportunidade e esquecemo-nos que as oportunidades perdidas são aproveitadas por alguém. é por medo? é por preguiça de lutar? ou é apenas falta de coragem?
cansam as frases feitas sobre isto e aquilo que já toda a gente sabe. o cliché tem lugar dentro de cada um de nós e as frases feitas existem por algum motivo. mas (não fugindo ao cliché) é de cada um de nós que sai a vontade e a força pra não deixar escapar uma oportunidade.
o arrependimento sozinho não faz as oportunidades voltarem pra nós. é preciso muito mais. é preciso força. é preciso sonhar. é preciso estar bem seguro. é preciso querer. é preciso querer muito, pra não deixar fugir mais uma vez.
não é um cliché agarrar uma oportunidade. começa a ser cliché é desperdiçá-las!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

sentimentos de mãe

(situação não real)

Nunca irei conhecer-te!
Já sentia o teu coração, o teu respirar, os teus pontapés. Três meses de vivência em comum! O desejo era tão grande de ver a cor dos teus olhos, conhecer as tuas perninhas, os teus bracinhos, o teu sorriso, ouvir o teu choro!
No início posso confessar-te que não eras o meu maior desejo, irias ser um problema inicialmente. Agora posso confessar-te isso, mas não posso dizer que fiquei triste. Sempre quis ser mãe, sempre sonhei ter um bebé nos meus braços e poder dizer a toda a gente “É MEU”.
Mas naquele dia as dores eram horríveis, doía-me ter-te dentro de mim, tinha uma sensação estranha e durante dois dias não te senti. Tive medo!
Confirmou-se o que temia. Já não te tinha! A nossa relação foi cortada mesmo antes de se formar.
A dor continua cá dentro. É tudo muito recente, mas acredito que és meu para sempre e que um dia mais tarde quando tiveres um semelhante a ti, vou dizer-lhe que teve um irmão, mas que não foi possível ter-te connosco.
Despeço-me com as mesmas lágrimas com que decidi, hoje, escrever sobre ti.

silêncio sem pontuação

Pedes que me cale Dizes que falo muito que não percebes o que te digo porque ultrapasso os 300 km/h cada vez que discuto contigo Nada se resolve nem acontece por acaso Tudo tem uma razão de ser Um dia vais pensar porque é que não me deixaste dizer-te tudo aquilo que queria dizer vais querer pedir-me que repita algo a que não deste a devida atenção vais pedir que te ensine a olhar para dentro dos outros como eu te disse que sabia olhar-te por dentro tal como dizia Saramago Um dia vai ser tarde Agora pedes que me cale mas um dia vais pedir que fale e quebre o silêncio mas aí vai ser tarde demais porque o silêncio apoderou-se da velocidade de raciocínio que me roubaste


domingo, 21 de julho de 2013

passado.presente.futuro

tinham passado dez anos. mais precisamente dez anos, dois meses e três dias. ela estava esquecida, mais do que nunca. talvez fossem as preocupações, ou talvez não. o trabalho, a casa, o marido, os filhos, a possível ida para s. tomé. tudo lhe tirava um pouco de sono, mas mesmo assim, tinha tempo para tudo, mesmo que não dormisse.
já estava perto o natal. faltava menos de um mês. o pouco tempo que sobrava entre deixar as crianças na escola, trabalhar, ir buscar as crianças ao atl, não era suficiente para terminar as compras de natal. decidiu guardar um fim-de-semana do início de dezembro para comprar os presentes em falta. estava tudo planeado, o marido cancelou uma viagem a nova deli e os miúdos fizeram os trabalhos da escola todos no atl, na sexta-feira.
chegado o sábado de manhã e as crianças não queriam levantar o rabo da cama. teve de ser o miminho típico da mãe carinhosa a erguer-lhes a vontade necessária para dois dias de centro comercial.
eram 9h da manhã e o pequeno almoço estava servido. as torradas sem manteiga que o marido adorava e os cereais de chocolate para os meninos. apesar da falta de tempo, "sara" sempre achou desnecessário ter uma empregada.
todos prontos para sair de casa e o telemóvel de "samuel" toca. Sara previu que os planos para o fim-de-semana em família iriam por água abaixo e saiu com os meninos para o carro, torcendo o nariz.
confirmou o que temia. reunião de última hora, por causa de mais um negócio de última hora, de mais um cliente de última hora. e na última da hora, trocou mais uma vez a família pelo trabalho.
sara ficou furiosa e saiu de rompante com os filhos, em direção ao centro comercial, ignorando os acenos do marido.
ao chegar ao centro comercial entra na primeira loja e começa a procurar uma prenda para o pai. talvez uma camisa ou um perfume.
ao sair da loja, tendo-se decidido pelo perfume, dá de caras com "manuel". o eterno amor de adolescente. a principio ele não a reconheceu, mas o olhar fixo dela nele, rapidamente desfez as dúvidas e o fez pensar melhor, que aquele olhar seria inconfundível, por mais anos que passassem.
em menos de cinco minutos resumiram dez anos. a carreira, a família, os sonhos,... havia tantos pormenores que escapavam a sara e que tinham de ser esclarecidos, que de imediato trocaram números de telefone e um café ficou combinado para o dia seguinte.
manuel ficou um pouco surpreendido, mas adorou os filhos de sara. aqueles filhos que um dia tinham planeado ter juntos.
no dia seguinte sara apareceu no café um pouco atrasada. tinha deixado os filhos com a sua mãe, para conversar mais a vontade com manuel. puseram toda a conversa em dia. falaram do passado mal resolvido para ambos. manuel nunca tinha aceitado a fuga de sara para o "brasil" quando tinha 18 anos. depois disso nunca mais tinha tido notícias dela. já sara estava mais preocupada em recuperar tempo perdido e saber tudo sobre manuel, ficando a saber que este tinha perdido a sua mulher numa acidente de avião há dois anos atrás. sara, sem saber o que dizer, apenas conseguiu pedir desculpa. talvez pela ausência no momento difícil.
com o afastamento progressivo de samuel, os encontros de sara e manuel foram-se tornando mais regulares ao ponto de sara mentir ao marido quando tinha encontros marcados com manuel, por mais inocentes que estes fossem. na cabeça de sara, nada era inocente, já que o amor que a uniu a manuel em tempos, estava a voltar e cada vez com mais força.
será que dez anos depois sara conseguiria remediar o seu erro? conseguiria ela fazer com que manuel a visse como a rapariga que conheceu?
esta é uma realidade que pode ser vivida por todos nós, que tantas vezes por medo, desistimos daquilo que nos faz mais felizes. sem sabermos se a vida nos dará uma segunda oportunidade num centro comercial, para recomeçar.

terça-feira, 16 de julho de 2013

dias diferentes

são dias em que nem o maior abraço do mundo é capaz de me confortar. sinto-me tão frágil, tão pequena, tão sozinha, que nem a maior multidão me poderia fazer companhia. são dias de angústia, cansaço em que o olhar sucumbe e a felicidade morre, deitando por terra toda a esperança de um qualquer sorriso conquistado. o misterioso medo pelo desconhecido fez-me muitas vezes travar e não descobrir o que me faria mais feliz. pois é... há dias assim!
depois existem outros dias (diferentes), em que descobrimos que há tantos pormenores que podem substituir a fragilidade, a pequenez e a solidão. o sorriso de uma criança é sem dúvida um desses "pormenores". é fácil fazer uma criança sorrir (mais difícil é fazê-la rir). o sorriso delas é sincero, não vêem em nada segundas intenções, olham para o mundo sem maldade e, quem me dera poder prolongar-lhes essa inocência
nos últimos dias tenho tido a maravilhosa oportunidade de conviver com várias crianças, todas elas diferentes, todas elas com sorrisos diferentes, medos e desejos diferentes. a felicidade delas está na capacidade que nós temos de entregá-las ao mundo dos crescidos, com a melhor preparação possível, sabendo que não é só a família e a escola que têm esse papel. somos todos nós que temos o dever de preparar o futuro que queremos para o nosso mundo. e se as crianças não forem educadas com base no amor, no respeito, na amizade, dificilmente teremos um mundo civilizado.
pudesse eu conhecer o mundo dos adultos mais cedo, e teria escolhido ser criança pra sempre...

domingo, 7 de julho de 2013

terça-feira, 4 de junho de 2013

amizades

não há amor maior que a amizade. é difícil quantificá-la, mas sei bem qualificá-la. só aqueles que realmente se importam e aqueles que sabemos que, por muito distantes que estejam, pensam em nós nas situações mais estúpidas do dia a dia. mas pelo menos lembram-se que em algum lugar existe uma pessoa que retribui esse pensamento. a amizade é tão ambígua que tenho até medo de me apegar. temos de um lado aquelas conversas todas iniciais que fazem parecer que aquela pessoa é tudo pra nós. com o tempo, esse "amor" vai desvanecendo. mas não é o tempo o culpado. é a falta de sinceridade. se não é pra tratar e estimar, não me peçam o coração.
aprendi a dar o meu coração aos que realmente merecem e, mesmo assim, continuo a errar. e dói, dói muito perceber que errámos e que não soubemos escolher a quem o entregar.
acredito que em qualquer parte do mundo existe sempre uma amizade verdadeira e forte e em outro lugar, mais pobre de sentimentos, existe um coração despedaçado por um equívoco chamado expetativa. e depois há as partes do mundo em que existe um pouco de cada uma. é esse o meu caso.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

aparecia de novo aquele silencio que se confundia com o branco das paredes. tudo deixava de fazer sentido. as cores tornavam-se escuras e a diferença entre o claro e o escuro era ténue demais. era nessa frágil diferença que apareciam as dúvidas, os medos, as fragilidades mais frágeis por que passava. a hipocrisia e o sarcasmo tinham tomado conta das gotas que entretanto escorriam, mas ninguém podia saber, porque a força era o seu ponto alto e as desilusões não se podem oferecer assim de mão beijada. cada núcleo de cada gota tinha mais um bocadinho de força, mas também um bocadinho mais de mágoa. e a mágoa iria vencer. tinha-o como certo. certas também eram as formas ridículas com que se protegia. pequenos triângulos em que cada vértice representava mais um bocadinho de medo e apontava para o lado que dava mais jeito.

sexta-feira, 29 de março de 2013

«O homem certo não é aquele que te faz declarações e te dá flores, e te escreve do outro lado do mundo, e que te diz que és perfeita. O homem certo é o que quiser estar mesmo ao teu lado, incondicionalmente. O que gostar de ti sempre, que te acompanhe para o que der e vier. Não é o que olha todos os dias para ti e te diz que és linda e que és o amor da vida dele, mas alguém que olha por ti todos os dias.» MRP

segunda-feira, 25 de março de 2013

só de mim...


é estranha a forma como me sinto em relação a ti.. detesto-te e adoro-te ao mesmo tempo.. será isto possível? acho q sim, senão não o sentiria.. detesto quando não consigo ver-te ou pior, quando não tenho coragem de falar-te, de dizer-te olá.. detesto-te por seres essa pessoa, q me faz tremer, corar, sorrir.. e o q detesto mais nisto tudo, é o facto de não saberes isso.. adoro-te porque tens uma aura especial, que tentas esconder, mas q mesmo assim eu descobri.. não são só os meus olhos q vêem.. já me distanciei do q sinto e, de facto, não és igual, és diferente.. e foi nessa diferença, nessa aura que nasceu este antagonismo que carrego há tantos meses.. talvez não sirva de nada aquilo q sinto, talvez só me vá fazer sofrer, mas o facto de saber q estás aí, faz-me feliz, mesmo querendo mais.. mesmo querendo q estivesses mais perto.. mesmo querendo q fosses meu e de mais ninguém.. não tenho esse direito, mas tenho o direito a não te esquecer, por muito q me critiquem.. eu sei o q sinto e sei porque o sinto.. de facto sou fraca por não lutar por mim própria, mas o medo de perder o pouco q tenho, é imenso e pára-me, paralisa-me e não me deixa seguir para ti e dizer-te com todas as letras q gosto de ti, q não te esqueci e q só te vou esquecer no dia em q te odiar.. esse dia só chegará se afinal estiver enganada, se tudo aquilo em q acreditei e tudo aquilo q os meus olhos vêem, se desfizer.. mas eu sei q não me enganei.. aquele ar envergonhado..
adoro-te

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

P a r a T i


‎"E deixava a vida fluir, esquecia-me dos teus defeitos e tu dos meus e com o tempo aprenderíamos a viver um com o outro sem nos cansarmos, sem nos magoarmos, sem sombras nem equívocos.
Se eu pudesse, levava-te agora para casa, sentavámo-nos a lareira a conversar explicava-te porque é que um dia reparei que existias e sem querer me esqueci do meu coração entre os teus dedos.
Se eu pudesse...mas não posso, porque ninguém caminha sozinho, uma ponte só se constrói se as duas margens deixarem e o rio só corre se a corrente o empurrar. E eu não sou mais que uma gota de água nesse rio parado, uma peça perdida de uma ponte desmantelada, um mapa riscado que se esqueceu de todos os caminhos, uma folha em branco que perdeu a caneta, um estandarte sem bandeira, uma voz sem som, uma mão sem a outra. Falta-me a tua voz, o teu desejo, o teu querer, o teu poder. Falta-me uma parte de mim que te dei e que agora já não podes devolver.
Um dia havemos de nos entender."

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

OFF

temos segurança, nada de medos, confiança, siceridade.. de repente vem o vento e leva tudo.. arranca-nos o chão debaixo dos pés e ficamos naquele impasse de caio ou não caio? e agora seguro-me onde? é aí que olhamos a nossa volta e percebemos que estamos sozinhos.. que nada do que construimos sobreviveu ao desmoronamento.. sentimos um vazio tão grande, tão grande, capaz de albergar a solidão do mundo inteiro.. nada se mantém para sempre e há quem viva na ilusão que sim.. peço desculpa se estou a desfazer os sonhos de voces, crianças grandes.. mas não se assustem.. o mundo é bem pior que um vendaval.. é uma tempestade que leva tudo por onde passa.. e cabe-nos a nós proteger o que fica e colar os cacos.. ou então deixar o vento levar, mas pedir que traga de volta apenas o que foi com vontade de voltar..

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

cansaço

é daqueles dias em que a força falta, que as lágrimas teimam em correr, por muito que as tentemos segurar.. é só mais um dia, mas começa a tornar-se cansativo.. tudo se torna cansativo, até mesmo não ter nada pra fazer.. pensar torna-se cansativo, torna-se um sacrifício! pensar principalmente naquilo que nos cansa o pensamento e nos traz um cansaço maior que o de uma meia maratona.. preciso de paz.. preciso de um espaço e um tempo só para mim.. preciso de férias de mim!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

é uma ordem !

e tudo o que eu queria era poder mandar em ti . era dizer-te que já chega , que já não quero mais , que estou cansada , sem forças para continuar , que tudo o que aconteceu já bastou , já me roubou tempo demais . mas tu não me ouves . tu não respeitas as minhas ordens , não ligas ao que te digo . sou má conselheira ? não importa . devia ser eu a mandar e não tu . persegues-me mesmo quando não te peço nada . fazes de tudo para me fazer ficar sem controlo sobre a minha própria razão ! achas justo ? achas justo fazeres com que chore , com que tenha vontade de gritar , de desfazer em pedaços tudo o que construí ? não me faças sofrer mais , não me faças odiar-te mais por mandares na minha razão . coração!!!! pára de achar que és dono da verdade e deixa a razão fazer o papel dela !