a falta de experiência de vida, como muitos lhe chamam, pode ser a culpada de algumas das minhas opiniões. eu prefiro chamar-lhe inocência. não a inocência de quem não quer ver o mundo tal e qual como ele é, mas a inocência de quem vê um mundo com outros olhos, com os olhos de outros.
e o que é, senão o amor, aquilo que nos liga ao outros? a falta dele. do amor. ligamo-nos pelo amor e pela falta dele. isso mesmo.
todos os dias nos cruzamos com amor. amor, qualquer um que ele seja, se existe é uma verdade. é uma verdade tão grande que não cabe em nenhum de nós. é grande demais para ser garantida apenas por um ser.
em contrapartida, vemos aqueles em que a verdade é tão pequenina, ou que nem existe, e ficamos a conhecer a outra face da moeda: a falta de amor. é essa a fraqueza que os liga.
não é suposto amar-se por obrigação. é suposto amar-se com verdade e no lugar certo. dentro da verdade de cada um. só assim seremos capazes de nos dar aos outros, porque a melhor forma de nos darmos aos outros não é com base no que somos, mas sim com base no que eles são para nós.