segunda-feira, 7 de abril de 2014

Uma mágoa que (não) é minha

Gostava de saber como se passa da tristeza às lágrimas. Como é que a água se forma e torna-se numa coisa tão triste? Como é que a expressão de uma dor maior se pode traduzir em gotas de água salgada?
O nó na garganta, o aperto no peito, a comichão e o brilho nos olhos são o suficiente para saber que o que se avizinha não pode ser bom. Saber que o coração dos nossos está apertado, faz o nosso começar a contrair também... Contrai, aperta, começa a bater mais depressa, quase sem espaço para o sangue passar... Evita-se o olhar, fala-se do resto, mas o abraço e o aconchego valem por todas as palavras.
Há pessoas que ficam para sempre, mesmo que fisicamente já não existam!