segunda-feira, 13 de maio de 2013

aparecia de novo aquele silencio que se confundia com o branco das paredes. tudo deixava de fazer sentido. as cores tornavam-se escuras e a diferença entre o claro e o escuro era ténue demais. era nessa frágil diferença que apareciam as dúvidas, os medos, as fragilidades mais frágeis por que passava. a hipocrisia e o sarcasmo tinham tomado conta das gotas que entretanto escorriam, mas ninguém podia saber, porque a força era o seu ponto alto e as desilusões não se podem oferecer assim de mão beijada. cada núcleo de cada gota tinha mais um bocadinho de força, mas também um bocadinho mais de mágoa. e a mágoa iria vencer. tinha-o como certo. certas também eram as formas ridículas com que se protegia. pequenos triângulos em que cada vértice representava mais um bocadinho de medo e apontava para o lado que dava mais jeito.