não se faz guerra por excesso de paz, nem se luta por tédio. não se destroem famílias por sabor a sangue, não se queimam sonhos por nada.
não é ao calhas que cá estamos, quanto muito achem que é uma questão de probabilidade, de sorte. temos o dever de fazer o melhor que pudermos.
hoje mata-se porque não se suporta a opinião deste ou porque a casa daquele é maior que a minha, ou até porque o carro do outro foi a baixo na fila do trânsito. é assim. agora estamos. agora já não. são instantes.
cada vez menos tolerância, menos respeito, menos compaixão, menos amor. falta amor próprio para dar amor aos outros, para mostrar que se pode amar sem condições. é preciso ensinar nas escolas o que é o amor, o que é amar os outros. amá-los porque são iguais a nós, apesar das diferenças, amá-los pelos erros que cometem, amá-los porque só assim nos amam a nós. é preciso cada vez mais educar para o amor (aquela história da cidadania, o que é mais do que respeito, tolerância, compaixão, amor?)
é preciso ensinar que o amor é mais do que ter dez namorados/as no básico e outros/as tantos/as até ao fim da faculdade. é preciso ensinar a amar porque sim, porque é a única forma de nos darmos, completos. é urgente aprender a amar, sob pena de estarmos irremediavelmente perdidos.