domingo, 7 de agosto de 2016

estarei aqui quando pedires
mesmo quando a voz te falhar
quando as lágrimas te taparem o olhar
ou o silêncio se apoderar de ti
mesmo que as ondas do mar não cheguem mais a terra ou que as árvores não abanem mais ao toque do vento
mesmo que o sol não me aqueça mais
mesmo que o ar não me deixe respirar
mesmo que os pássaros não voem mais ou a água não corra mais debaixo daquela ponte
mesmo que o trânsito pare para me deixar passar ou que avance sem sequer em mim reparar
mesmo que não estejas aí quando eu gritar
mesmo que a vida te leve pra longe e te apague do infinito
há um lugar onde vais estar sempre e onde poderás abrigar-te se te apetecer voltar
em mim.

queremos ou cremos?

a sabedoria que acalma os sentidos da alma quebra o olhar. pudéssemos livrar-nos do que não sabemos e de nada serviria procurar o sentido do querer e do sentir. ainda é o poder da procura que nos mantém hirtos, que nos faz querer ser mais e melhores, querer ser mais felizes e melhores com os outros. é na mais genial das memórias que se constrói o passadiço para o esquecimento, passamos a soltar o que não faz falta e cremos que o tempo tudo cura e que será melhor o dia de amanhã. somos senhores e donos do saber e julgamos ter na mão todo e qualquer sinal de futuro. teremos? será que queremos ter esse poder?