segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

tudo por ti...

chegada. tão perto da partida. o frio que "se sentia nos ossos" não foi suficiente pra nos parar. não foi o ar serrano que nos tirou a vontade de procurar, mostrar, viver a paz daquela terra.
chegamos a correr, comemos a correr e fomos a correr para o que nos esperava. a mim, mais uma ida aos treinos do palco. a ti, talvez um caminho novo pra felicidade (gosto de acreditar que sim!)
a seguir, o chá. quente, refugiante e numa companhia calorosa, as amigas. conversas que puxam conversas e que iniciam uma nova etapa. talvez o destino em que acredito seja mesmo assim, imprevisível. e ainda bem. noite de desassossego, manhã agitada e uma ânsia confusa ao medo no olhar dela. um atraso desesperante e duas pernas a tremer. foi o que vi durante uma hora seguida. um sorriso que entra pela porta e as pernas que param de tremer. o tremor passa para o coração (é bom!)
seguimos para o compromisso, com a certeza de que iria continuar a cumplicidade que as ligava. eu, apenas observava. e gostava do que via.
olhares, sorrisos, convites, medos, via-se de tudo. ou quase tudo. hora de um pequeno até já, amargurado e medroso. o regresso estava próximo, e eu vigilante.
sobe o pano. ela agitada pela entrada do seu brilho. orgulhosa do que queria ver. cai o pano. palmas. obrigada!
estamos de parabéns! agora vamos festejar. hora da cervejinha. bar fechado - next.
chegamos. uma mini. super bock é melhor que sagres. conversas, anedotas, adivinhas, lembranças, fumo, risadas profundas. risadas de felicidade genuína, risadas de paz. mas de um dos lados, nervos, medo, vontades, sentimentos. cria-se um novo refúgio, em contacto, quente como o chá, macio como a seda.
boa noite. um beijo. vais dormir bem, com nervos, mas bem. amanhã há mais.
bom dia. ansiedade mais uma vez. pronto, ok. eu não tomo banho. aqui vamos nós. menos do que se esperava. mais uma vez o pressentimento estava certo. mas mesmo assim, estávamos ali. era isso que contava.
desânimo. pressentimento. medo. fuga. não! saber esperar é uma virtude. vamos a isto. a última oportunidade. mais pressentimentos. mais tremor. mais nervos. mais pernas a tremer. o último olhar. depois de tantos despercebidos. e o sentimento de perda. de vazio. de desapego. má notícia. talvez o destino tenha razão. não é um adeus. é até já.